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​Psicomotricidade relacional no desenvolvimento de crianças da Fundação Terra
Método trabalha o desenvolvimento de fatores psicoafetivos de crianças e adolescentes atendidos na educação infantil da instituição social


Crianças criam personagens imaginários com o auxílio dos métodos da Psicomotricidade Relacional

Melhorar o movimento do corpo, potencializar a qualidade relacional e social e contribuir com o aprendizado. Esses são alguns dos benefícios proporcionados pelo Psicomotricidade Relacional, método realizado com crianças da edução infantil da Fundação Terra, que trabalha o desenvolvimento de fatores psicoafetivos de crianças e adolescentes atendidos diariamente na Pax Christi Schola, em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Em setembro deste ano, coordenadores e educadores da instituição de Padre Airton Freire, que estão envolvidos diretamente com a temática, apresentaram no III Congresso Internacional de Psicomotricidade Relacional, em Curitiba, no Paraná, um resultado obtido através da intervenção social na escola.

O procedimento permite impulsionar os fatores sentimentais e sociais por meio do estímulo da criatividade infantil, que incluem atividades com bambolês, bolas, cordas, tecidos e espaguetes. “Isso com certeza vai contribuir para o aprendizado, justamente porque a criança sai da sala e vai para o outro espaço, onde acontece a brincadeira em conjunto. Com isso, ela vai se relacionar, de forma espontânea e dinâmica”, explica Silvia Julião, pedagoga e psicomotricista da organização.

Para desenvolver o comportamento dos pequenos, a pedagoga amplia mecanismos cujo objetivo é promover a interação social entre eles. “No espaço ficamos em torno de 1 hora. Lá, o primeiro momento é formar uma roda para ouvir as suas condições (o que mais gostam e quais as dificuldades da vida). A partir disso, nosso trabalho é desenvolver a imaginação para que as crianças criem suas respectivas histórias”, conta Silvia.

O exemplo apresentado no congresso foi o resultado de um trabalho de sucesso desenvolvido na Fundação Terra. “Tínhamos uma criança com muitas dificuldades de fala. Ela tinha bloqueios, justamente porque a condição tem a ver com a vida. A criança chegava, sentava e ficava no canto e não saía. Não se envolvia com o contexto social. Após as sessões, a criança começou a mudar, a brincar, a sair desse canto”, lembra Silvia. 

Ela ressalta que, a partir dessa comprovação empírica, as práticas recreativas, como brincar, jogar e participar de atividades lúdicas, são de grande importância para a vida de uma criança. "Primeiro por ser uma atividade lúdica que naturalmente desperta interesse e, segundo, porque propicia a experimentação, o desenvolvimento da percepção, atenção, imaginação, e a vivência de situações relacionais encontradas no âmbito social", justifica a pedagoga.