“Quando me chamares, eu te responderei. Quando me procurares, ali estarei. Quando de mim necessitares, depressa eu irei. Com o amor nunca dantes amado, eu te amarei. Como por ninguém nunca cuidado, de ti, cuidarei. Levar-te-ei nos braços para que não caias. Colocar-te-ei no chão para que caminhes com teus próprios pés. Afastarei de ti perigos, a fim de que não sofras nenhum revés. Na chuva, não te inundarás. No calor, não te queimarás. Na frieza, não te resfriarás. Eu estarei contigo, por sobre ti, ao lado e por todos os lados. Ouvirei teus mais íntimos desabafos, tuas mais secretas confissões. Meu coração, junto ao teu, fará morada. Livrar-te-ei das artimanhas da ilusão. Aproximar-te-ás de mim e me conhecerás em minha inteireza assim. Participarás de minha intimidade e conhecerás meu amor nunca dantes por outro revelado. Viverás por mim; eu viverei por ti. E, após teus anos de existência na terra dos homens, eu te chamarei de vez para mim. Tu me conhecerás, e eu me revelarei. Tua felicidade, para sempre, serei. Farás parte da minha grei. E, para todo o sempre, eu te amarei. Dar-te-ei a coroa dos eleitos, por teres persistido na confiança, fazendo jus à bem-aventurança que no teu coração depositei.” (Pe. Airton Freire)