“Tu vives o espaço compreendido entre o já e o ainda não, ou seja: tu vives, no exato momento, um estado tensional entre o antigo – que ainda traz consigo os restos do que ainda é -, e um novo tempo, que já antecipa os sinais de sua chegada. Tu vives, então, um estado de tensão entre o novo que bate à porta e o que ainda resta antes de o novo, em definitivo, chegar. Prepara-te, pois, para que o novo não tarde; vê que em ti arde, intensamente, o coração, pela certeza de que está às portas o que virá como breve acontecimento. Pela esperança, nós somos alimentados, e é a certeza do encontro que nos motiva e nos dá o encanto do achado. A chegada do novo que virá e a sua permanência, em grande parte, de ti dependerão; o que chega já dá sinais de que lá começou a chegar. É preciso que haja o ponto de entrecruzamento entre aquilo que tu desejas e o que está vindo ao teu encontro naturalmente. O que está em vias de acontecer, que traga consigo, também, a graça de permanecer. Pensa, exatamente, sobre o momento que em ti esteja se encaminhando, alinhando-se para ocorrer pela virtude do que é permanente.” (Pe. Airton Freire)