“Guarda: que tua alma não se faça jamais da esperança desacompanhada, porque o que de melhor a esperança traz consigo será suscitado em tua alma. Que tu possas com ela brincar, e que ela possa sentir-se em casa quando junto de ti estiver, como gostaria comumente de estar. Alimenta a esperança. É ela quem fustiga a dor, que põe fim a qualquer forma de ansiedade. A esperança promove a lealdade. Vivendo tu no tempo presente, não deixes de estar atento ao que acontece em ti e ao teu derredor, a fim de que aqui e agora possas tu viver e crescer. A esperança posta em Deus não pode em ti morrer. Precisas alimentá-la em qualquer momento, que seja dela teu mais doce e permanente sentimento, e nada faças para desmerecê-la, pois, se, um dia, ela em ti vier a arrefecer, levará consigo tua razão principal de viver. Viver sem esperança é vegetar; equivale a não ter como nem por que continuar. É fogo que consome, a nada serve, a ninguém acode. Viver sem esperança é, antecipadamente, morrer. E, por isso, volto a perguntar: esperança em quê? Esperança em quem? E por quê? Enquanto esperança houver, a vida se balizará por uma razão firme e clara de ser.” (Pe. Airton Freire)