“Há pessoas que fazem da espera o momento de se desesperar, de enfraquecer a esperança e de dizer que solução para determinada situação não há. Há pessoas que, na espera, tornam-se providentes, previdentes: tomam providências e se previnem acerca do que virá. Há outras que, contrariamente, pensam em desistir e, não pondo fé na esperança, desistem daquilo que há de vir. Pessoas assim há, sempre houve e sempre haverá. É preciso que, de tua parte, descubras de que lado tens estado ou poderás estar, pois, se, eventualmente, tua fé se sentir enfraquecida, acredita: eventualidades acontecem na vida. O que não podes é, sistematicamente, duvidar, como se o Senhor não fosse fiel às suas promessas e, apesar de tua fraqueza, não pudesse Ele sua obra em ti realizar. Cada dia que vives é uma chance a mais que o Senhor está a te dar. Por isso, mesmo que pareça longa a espera, faze dela uma forma de fortalecer-te para que, quando a graça vier a acontecer, saibas tu espaço lhe dar. Do contrário, pode ocorrer que, relaxando na vigilância e sendo tomado de certa ânsia, percas o traço necessário a toda espera: ser constante. Vindo isto a acontecer, todo o tempo da espera virá a se perder. Está em ti ser previdente ou imprevidente, prudente ou imprudente, consequente ou inconsequente, acerca do que estás vivendo e do que tens ainda a realizar.” (Pe. Airton Freire)