“Considera que aquilo que mais intensamente tens buscado achar ou aprimorar, nas tuas moradas, no espaço mais sagrado da tua integridade, tem seu ponto de partida e seu ponto de chegada. Afinal, de que adiantaria que os objetivos traçados por ti fossem todos alcançados se eles não te levassem a um conhecimento mais profundo de ti mesmo e se, as tuas limitações, tu não superasses? De que adiantaria um projeto bem executado se ele não te levasse a descobrir-te por inteiro, a fim de que o bem que por esta via viesse a ser executado tivesse garantia de prosseguimento por estar em consonância com a verdade? De que adiantaria que muito viesses tu a fazer se os teus feitos não revelassem a grandeza maior que há no teu ser? O fazer, para ser verdadeiro, há de expressar o ser, pois o que se faz e que não transmite a verdade que há no ser não tem razão de acontecer, ficando tão somente no fazer-se por fazer. Nesse caso, o ato nasce ou acontece desumanizado, não revelando o melhor que há em ti, em sua verdade, a fim de que tu possas fazer uma reavaliação e, por conseguinte, uma superação dos pontos em que estejas eventualmente falho.” (Pe. Airton Freire)