“Trabalhar, trabalhar, trabalhar… O que nisso há, o que disso restará se disso não puder o amor participar? Se disso for o amor excluído, quem ou o que ao trabalho conferirá sentido? O ato puro e simples de trabalhar? Trabalhar é suficiente razão para se trabalhar? O para quê do trabalho, o amor precisa ser. Do contrário, trabalho será redutível a fazer. E fazer por fazer, máquinas também fazem, até melhor que nós, mas, aí, nada expressam do que é da ordem do ser. O trabalho é necessária mediação, enquanto temos de produzir e consumir, a partir dos limites e necessidades dessa humana condição. Só os que amam compreendem as razões de viver que o trabalho, por si só, não pode dar. Amar, afetiva e efetivamente, equilíbrio do coração e da mente, preenche os dias de sentido. Por ele, vivemos e existimos. Os que não amam já morreram, embora se acreditem vivos. Amai, “porque o amor procede de Deus, e quem ama nasce de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (Jo 4, 7-8).” (Pe. Airton Freire)