“Lembra: toda presença cumpre uma função. A tua presença deve revelar o que estiver escondido pela beleza do teu olhar e nunca o desejo de julgar. Tu e aquele a quem julgas participam da mesma humana condição, onde cabe solidariedade e nunca julgamentos, veleidades. Se tu olhas para julgar, a ti mesmo julgas, porque ages pondo-te acima de quem participa da mesma condição e limites humanos de que fazes parte. Quem nos julga é a nossa própria posição pró ou contra a Verdade. Antes de julgar, convém observar a qualidade do teu olhar, pois o teu olhar consegue enxergar somente a partir do ângulo formado entre o objeto a ser observado e o lugar a partir do qual tu estabeleces a observação. Nem tudo cairá sob a tua percepção. Parcial é tudo quanto tu percebes do muito que te escapa. Portanto, nem tudo vês de tudo o que do outro lado está. Assim tem sido. Assim será.” (Pe. Airton Freire)