Misericórdia, que míseras cordas resistem acolher.
Misericórdia, que acorda os acordes de quem é concorde e, acode o dom mais que dote, de enxergar o novo modo de ser e viver.
Misericórdia, onde e em quem já fez morada e, nessa jornada clareia o que, o como e o porque. Janela aberta às inflexões da alma, aos aflexos que acalmam, ao não só viver por viver.
Misericórdia, que expressa o solidário na humana condição.
O que se irmana na dor, conjuga em todos os tempos e modos o efetivamente e nem sempre aceito do óbvio a que chamamos de amor.
Na dor suaviza, o trôpego se equilibra, a impaciência medita, repouso na luta, na dureza brandura, na aspereza ternura.
Misericórdia, atributo maior do coração.
Misericórdia, misericórdia afinal, Deus é Deus.
Deste servo de Deus e irmão dos pobres,
Pe. Airton Freire.