“O que fascina o olhar há de ter, na vida, adequação, sem o que se estará vivendo uma quimera, mais uma ilusão. O que fascina o olhar há de ter, na realidade, o seu respaldo, pois, assim não sendo, mesmo fascinado, tu te sentirás isolado, por não encontrar um modo de efetivar aquilo pelo que teu olhar esteja fascinado. Aquilo que fascina o teu olhar precisa encontrar, na realidade, uma efetivação. Para ser eficaz e preciso, há de ser efetivo e não somente afetivo. O que fascina o olhar precisa encontrar respaldo para poder continuar; do contrário, viverás apenas uma doce ilusão, uma longa ou breve fascinação, que a nenhum lugar te levará e, se a alguma coisa te levar, é a perceber que terá sido perda de tempo, exceto pela lição que tal ilusão te trará. Perdas e perdas, a perderem-se de vista, do que poderias ter construído, se não tivesses ficado preso a algo que gerou tanto tempo perdido e evitou tantos passos. O que fascina o olhar precisa ter na realidade adequação; do contrário, terás vivido mais uma breve, longa, amarga ou doce ilusão ou desilusão. Por isso, hás que ter bem cuidado com o que concerne à fascinação.” (Pe. Airton Freire)