Era noite alta quando as chuvas chegaram a estas terras.
Os céus se abriram numa sequência de raios a que se seguiam trovões em cascatas.
A baraúna, essa que fica ao lado do casabre onde moro, contorcia-se.
Saí em direção à capela.
Curto era o percurso; densa era a noite.
Novo estalido.
Ao clarão que logo se seguiu,
Caminhei em direção à capela.
Abri a porta.
Tropecei à entrada.
Novo clarão.
O vento era forte.
A chuva aumentava.
Esgueirando-me, consegui entrar.
Ali fiquei.
Ali ficamos.
Bem de manhã, levantei-me
tinha as roupas molhadas
E a alma lavada de presença.
Pe. Airton Freire
Em 08/Abril/2014