“O que prova uma ação? Que ela teve um começo (intencional ou não) com possibilidade de ficar no (in)conluso de sua execução. Quanto a onde ela levará, isso nem sempre é previsível. Por que há coisas que nascem e fogem do controle como certas atitudes não pensadas e certos atos não suficientemente avaliados que resultaram em coisas as quais nem sempre é bom relembrar. O que provoca uma ação? Em que resulta uma ação? Sobre isso, convém pensar; do contrário, poderás tropeçar em teus próprios pés, conhecer determinados reveses, coisas que a princípio nem poderias imaginar. Considera que ações conduzem tanto a união quanto a separação. E o que separa a ação vem de um conjunto de elementos nem sempre pensados e avaliados; igualmente se diga de seu contrário, a omissão, por exemplo. Sejamos claros: existem ações que nunca puderam ser avaliadas. Existem falas que, na melhor das intenções, nunca puderam ser efetivadas. Há pessoas que se compreendem, há muito, para realizações e, em razão disso, nunca pensaram em fazer paradas. Contudo, o que impossibilita o prosseguimento de uma ação é não se perceber sentido em sua continuidade ou na necessidade de se fazer paradas – algo fundamental – durante um percurso. O que não é alimentado não tem condições de seguir em frente. Enfatizo: fazer sem sentido e desconsiderar as paradas são atitudes que conduzem a quebras, descontinuidades, abrindo um hiato entre a intenção primeira e seus resultados.”
Pe. Airton Freire