“Há certas coisas que, mesmo se fossem contadas, dificilmente encontrariam credibilidade da parte de alguém; sobretudo, em se tratando das experiências mais íntimas que se tem da alma. Quem disso ou quem a isso poderá dar crédito, se isto, um dia, não experimentou também? As experiências mais profundas que acontecem no ser do coração de cada homem, não poderão, via palavra, ser transmitida a ninguém, porque a palavra não recobre a totalidade de todo um acontecido, mormente aqueles que nos colocam muito mais para adiante do que nós de nós mesmos e muito mais próximos de nós do que qualquer via conhecida poderia levar a ocorrer. Por mais que disso viéssemos a compreender, ainda assim, estaríamos diante de uma dimensão que, por mais que dela disséssemos, ficaríamos dela muito, e muito ainda, aquém.” (Pe . Airton)