Primeira Leitura (At 16,11-15); Responsório (Sl 149); Evangelho (Jo 15,26–16,4a)
“Se tu precisas de um defensor, é porque existe um acusador. Aquele que te defende é que te conhece por dentro, e a defesa que faz de ti, não por danos, prejuízos que tenhas causado, mas porque conhece o amor com que tu tens vivido, malgrado as tuas quedas, crises, contraditos, e o desejo de acertar no qual tu tens te inspirado.
O acusador enfatiza a tua fraqueza, os teus deslizes, humanamente acontecido e reincidivos. O defensor olha a intensidade do teu amor e o desejo de acertar. Se, de um lado, há aquele que te acusa, com ou sem razão, existe a outra parte que vem em teu auxílio de tua fragilidade, e ao menor movimento de teu coração de mudança, de conversão, está pronto a caminhar ao teu lado, concedendo-te o perdão e uma nova oportunidade. Essa é a diferença entre o defensor e o acusador.
O acusador enfatiza a queda, a falta, o lado da dor. O defensor vê o desejo teu de acertar, o amor que tens vivido, o desejo de, em fidelidade, ter te mantido. O defensor olha-te com olhos de quem ama, porque anteriormente a que existas, Ele já te amava; porque eras projeto Seu, na Sua onisciência, no Seu amor. Mas guarda contigo: tu tens um acusador. Mas, confia; tens um Defensor.
A depender de onde tu penderes a direção da tua vida, tu terás mais elemento a apresentar a te acusar ou a te defender. A muito te amar, por teu desejo de acertar, ou a muito te acusar, por tua vontade de não fazer conta, de mudar teu estilo de viver. Está em ti decidir para onde vais pender.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Pe. Airton)