“Os que defendem fendem, ao fazê-lo, o fato (o acontecido) do dito. Pois toda a verdade não cabe em nenhum dizer. Arde, ainda mais por ser. Quer ser. Vê? Há uma dissensão entre o ser (do latim esse) e a ação.
O que con(fere) sentido à pa(lavra) lavra o campo onde for ben(dita), mal(dita), des(dita), re(e)ditada.
Todo aquele que diz algo se coloca em determinada posição em relação ao enunciado.
Ninguém é neutro. Não há fato isolado.
Tudo há de ser analisado ao menos pelos dois lados. A pa(lavra) que se de(fende)
fende enquanto lavra; lavra enquanto fende.
Diante de que, de quem, como, quando e por que se colocar? Viver não é, como na palavra, um ato de se posicionar? Posicion(a)da mente.
Mas a mente mente. O que dizer? O que diz ser, não sendo? A verdade de fazer está no ser.
Muito fazem os que nada falam, mas muito dizem, sendo. Viver é ser inter(pelado) a cada momento.
Até que a verdade nua dos atos apareça finalmente.” (Pe. Airton)