“Farei chegar aos Céus que espero o momento da revelação de Deus em minha vida, como quem espera as primeiras chuvas que chegam à terra e pelas quais há muito se ansiava.
Eu peço ao Senhor a graça de que ele serene os ânimos, como as primeiras chuvas vêm serenar o calor e trazer esperança à terra; que ele traga quietude na turbulência e que, com as chuvas, voltem os pássaros a ocupar os antigos ninhos deixados.
Que os desertos surgidos ao longo da estiagem possam, novamente, ser povoados.
Que o Senhor, que me acompanha e que me conhece, mande a sua graça sobre mim, para os lugares áridos, desertos, em qualquer instância de minha vida, de minha personalidade ou pessoalidade.
Que sua presença tão esperada, tão almejada, chegue e refrigere esta minha alma cansada, abatida, açoitada.
Que o Senhor faça o seu orvalho descer sobre nós.
Que nós possamos conhecer, após contínuos entardeceres, uma manhã serena, um dia tranquilo, dias tranquilos em continuidade, até em recompensa a toda a dor suportada, a toda a espera promulgada, encerrada com a presença do Senhor que vem para ficar, para junto de ti estar, para não mais te deixar.
Pois, Ele é o Senhor: o santifica a dor, o restaura a dor, o modera a dor; o salva a dor.
Eu vou pedir, novamente, ao Senhor, que ele orvalhe sobre mim, refrigere a minha alma e não me deixe largado assim.
Que eu possa exultar, alegrar-me tão simplesmente ou até sobretudo pela graça da filiação, a graça de saber que, acima de tudo, há um Pai que está nos Céus e que me deu o seu Filho como irmão.”
(Pe. Airton)