“‘Convertei-vos; mudai de vida; buscai, primeiramente, o que não passa, o resto virá em decorrência’. Mas tu insistes em reprisar antigos erros, culpar-te por antigas culpas, perfazer os mesmos caminhos, aqueles que não te conduzem a nada ou, no máximo, conduzem-te a extravios, já que à tua realização não te conduzem. Toma o chamado à vida, esta que vives hoje, como uma expressão de carinho, de amor dEle. Isso, de per si, já é sinal de amor. Considera que Jesus Cristo é a ternura de Deus. Jesus, o enviado do Pai. Vê-Lo era ver o Pai e a ternura de Deus. É a expressão maior do amor de Deus por ti e por toda a humanidade. ‘Ele nos enriqueceu com sua pobreza’ (II Cor 8,9). Por meio dEle, recebemos graças sobre graças. É Ele quem te faz o chamado. É Ele quem bate à tua porta como se fosse um mendigo. Então, como tu podes negar? Se é para tua felicidade, se é para tua realização, por que tu te voltas, novamente, às coisas que não te conduzem a Ele? E, também, por que te preocupas demasiadamente com certas coisas, enquanto tu poderias te preocupar com o Reino? Lembra-te dessa expressão do Senhor: ‘Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os construtores’ (Sl 127,1). Por que tu já não fizeste entrega total de vez da tua vida ao Senhor? Por que tu resistes? Então, Ele te faz um chamado. O ato de viveres estes tempos de agora, os que chamamos hoje, é um chamado dEle. Chamado para que tu O conheças, para que tu O ames, para que tu O testemunhes no meio de teus irmãos.” (Pe. Airton)