Ao receber o dom da união mística com Deus, a Irmã Faustina tocou a realidade que os salvos experimentam no céu. O caminho que a santa se engajou de modo especial pela salvação das pessoas foi o da oração e do oferecimento. A Irmã Faustina tirava proveito de cada momento livre para permanecer diante do Santíssimo Sacramento. Ela sabia que a oração perseverante dá frutos maravilhosos: “Jesus permitiu-me conhecer como a alma deve ser fiel à oração, apesar do sofrimento e da secura, e da tentação, pois desta oração com importância depende muitas vezes a realização dos grandes desígnios de Deus. Se não perseverarmos justamente nesta oração, torcemos aquilo que Deus quis fazer através de nós – ou por nós. Que toda alma recorde destas palavras: Estando sob pesar, rezou mais longamente” (Diário, 872). Para as almas que por causa do pecado não puderam se unir com Deus, a religiosa assumiu sofrimentos, os unindo com a entrega de Jesus na cruz. E mesmo que os sofrimentos pelos quais passou parecessem superiores aos que uma pessoa pudesse suportar, Irmã Faustina os tomou com humildade e alegria, sabendo que o Senhor Jesus ao enviar sofrimentos, dá também a força de suportá-los. Um auxílio indispensável para ela foi a meditação sobre a Paixão do Senhor e a Eucaristia: “Percebo-me tão fraca, que se não fosse a Santa Comunhão cairia de uma vez. Só uma coisa me mantém de pé, é a Santa Comunhão, dela tiro forças e nela está minha força. Temo pela vida [se] nalgum dia me faltar a Santa Comunhão. Temo a mim mesma. Jesus oculto na Hóstia é tudo para mim. Do sacrário tomo forças, ânimo, coragem, luz, é aqui que nos momentos de temor busco refúgio. Não conseguiria dar graças a Deus se não tivesse no coração a Eucaristia” (Diário, 1037). No seu Diário, a santa deixou estas palavras de consolação para todos aqueles que estão encarando diferentes faces da dor humana: “Ó, se cada alma sofredora soubesse como Deus a ama, vergaria de alegria e felicidade além dos limites. Um dia conhecemos o que é o sofrimento, mas já estaremos na impossibilidade do sofrimento. O momento atual é nosso”. (Diário, 963)