“Como Encontrar o Equilíbrio entre Justiça e Paz? A partir da gente, naturalmente, porque quando a gente experimenta na carne a humana fragilidade, é quando a gente experimenta que, profundamente, em Deus fomos perdoados; quando mais uma chance em nossas vidas, ao longo de décadas, nos tem sido dada. Ao mesmo tempo, entendemos que Deus é misericórdia, Deus é Pai, Deus ama e continua a acreditar em nós. Por outro lado, nós percebemos que Deus não faz concessão à verdade que Ele revela, a verdade que é Ele e pelo Filho encarnado, Aquele que é misericordioso e, ao mesmo tempo, justo. E onde aquele que é misericordioso faz a divina vontade, revela ao mundo a justiça de Deus, sabendo que reside em nós uma fragilidade. Com isso estou querendo dizer que quando Deus é misericordioso é justo, pois se Ele levasse em conta as nossas fragilidades quem poderia subsistir? Quem poderia viver? Ao mesmo tempo, se um dia, por nosso próprio desleixo, por nosso próprio abandono às leis do Senhor e a divina vontade procurarmos nos desviar e fazer o que contraria a Sua divina vontade, com certeza haveremos de cair, haveremos de ruir, por termos a divina vontade se desalinhado. Todavia, se quisermos voltar para o Senhor Ele está disposto a nos receber novamente, a nos dar uma anistia ampla, irrestrita e nos fazer voltar, outra vez, novamente. De forma prática te darei um exemplo bem prático. Eu conheço uma casa onde regras foram estabelecidas e todos os que fizeram as regras deveriam obedecê-las, por princípio. Um dia, por descuido ou por fraqueza, alguns quebraram as regras, sofreram e me comunicaram. Também sofri e disse: o que foi estabelecido será cumprido, agora em outra modalidade; em outro local uma oportunidade lhe será dada. Eles tiveram uma nova oportunidade em outro local e sentiram a diferença. Esse tempo de ausência os fez pensar, sofrer, amadurecer e hoje, dois deles conseguiram voltar. A misericórdia foi cumprida porque deles não se desistiu, mas a justiça também se fez presente para que pudessem entender que, afinal de contas, a palavra do Senhor é perfeita e quem vive por ela, na verdade, consegue encontrar um motivo real de viver. Errar, reconsiderar, até se afastar, amadurecido voltar, como o filho pródigo, no qual se cumpriu a misericórdia e a justiça do pai que o acolheu e o fez outra vez recomeçar.” (Pe. Airton)