“Toda estrutura passa por um momento de crise entre ser fiel ao espírito iniciador, aquilo que tornou a obra e o inicial vigente tão atraente, tão promissoramente gritante, e a tendência, através dos tempos, de torná-la burocratizada, burocratizante. Como manter a chama que atrai, que chama, sem que, através de papéis venha a se perder? Como é possível que funções não entravem, mas que sejam a mediação para que o carisma inicial possa vir ser dado a conhecer? Como é possível crescer, sem fazer o carisma inicial morrer? Por isso, é que uma vez já perguntei, e ainda agora pergunto e repito: É preciso amar. O amor é mais do que tudo o que dele já se disse ou dele possa vir ainda a se dizer. O amor é ato presente no universo desde o momento da criação. É o amor quem suscita santos mártires e profetas. É do amor que nos vem o perdão. O amor foi a causa primeira de ter realizado no Senhor a ressurreição. Foi por amor que o Espírito foi derramado em nosso peito e realizou um Pentecostes, a festa da unidade, a festa de uma nova criação. Por isso, pergunta a ti mesmo: quando eu amo, o que, na verdade, eu busco encontrar? Qual a qualidade do meu amor?” (Pe. Airton)