“Perdas e ganhos caminham juntos, ao longo de um trajeto. A questão é: o que é preciso perder para se ganhar? Naturalmente, não compreenderemos o sentido de tudo o que tivermos perdido ou viermos a perder. Todavia, perdas ocorrem e continuarão a ocorrer. O que fazer? A partir de um acontecimento marcante de morte, como foi a do Senhor Jesus e a partir de sua Ressurreição, compreenderemos o sentido das perdas, essa que nos acompanham ao longo da vida, e nossos olhos abrir-se-ão para o que, antes, não poderíamos ver. Um acontecimento particular de perda tem alguns pontos em comum a todas as perdas. Em síntese, toda perda acontece a partir do fim da permanência, do final de um convívio. Nas formas específicas como as perdas se dão, elementos comuns acontecem: todas elas marcam o fim de um período e inauguram um outro a partir dali. Quando bem elaboradas, perdas conduzem a crescimentos. Em tudo fica um lição. Quando mal elaboradas, elas levam consigo um traço de incompletude, algo que ainda demanda por uma conclusão. Fato é que, diariamente, perdemos e ganhamos: tempo e experiência, por exemplo. Ganhamos ou perdemos distância ou proximidade do fim a que nos propomos quando vivemos. Que nos momentos de perdas não fiquemos demasiadamente. Eles não são senão etapas dos momentos subsequentes. Amém.” (Pe. Airton)