12 de janeiro de 2017
servos da terra

“A partir de onde eu tenho que retomar, e refazer certas coisas e recomeçar? Por onde eu terei de agir? Que decisão eu preciso tomar para que não venha a sofrer grandes perdas por minhas demoras? Pois, eu sei que a hora já está adiantada, eu vivo o avançado da hora. E outras ocasiões e chances eu não posso perder, eu não posso largar. Eu tenho que me decidir, eu tenho que concluir. O inconcluso é a reprise dos fatos. Ninguém caminha para permanecer no ponto de partida. Aquilo que não é concluído é semelhante a algo que quer ir e ao mesmo tempo diz: fica. Aquilo que não se quer concluir é semelhante àquilo que diz ‘vai’ e, depois, diz ‘vem’; é semelhante àquilo a que deves dizer ‘não’ e a que tu dizes ‘amém’; é parecer ter, quando se nada tem. Eu preciso concluir. Quantas vezes isto terei de repetir? Insisto e, novamente, preciso insistir. Eu preciso lá chegar; do contrario, eu me perceberei rodando sobre o mesmo ponto. Anos e anos… e eu no eterno retorno que me causa tanto desencanto, que me faz calar meus cantos e meus encantos e, no final de todos cantos eu ainda direi: nada mais a contar, nada mais a cantar, nada mais a me encantar, nada mais há.” (Pe. Airton)

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