“Que venhas tu te preparando antes para o momento em que, de forma serena, sincera, coerente, amena, tiveres de optar. Que a tua decisão já tomada não seja precipitada em ser anunciada. Avalia, traz a decisão ainda por dentro, tenta refazer ainda pontos pendentes, em posteriores momentos, para que não venha a te desculpar pelo que tiveres deixado de fazer atualmente. Não venhas tu a te culpar por não teres estancado a sangria. Que não se tome qualquer decisão à revelia, pois, o que vier a acontecer a não acontecer poderia. E aí? Não sejas precipitado no dizer nem no fazer, pois, a decisão mesmo interiormente já tomada, precisa amadurecer. Que o Senhor te ilumine quando isto tiver que acontecer. Sobretudo, se pessoas próximas a ti, e por Deus tão amadas, em tua decisão estiverem implicadas. Que o Senhor te ilumine quando tiveres de optar, tiveres de decidir, e algo de verdadeiro e mui sério tiveres de anunciar. Lembra-te de que um fato é um fato e, uma vez acontecido, não se pode mudar. Pode-se mudar o posicionamento, a compreensão do acontecido no momento; quanto ao fato, ele próprio não se pode mudar. Lembra-te de que a palavra também faz ato. A palavra reifica, presentifica, traz a coisa, torna-a presente. E o teu presente é o teu melhor presente. O presente é a tua presença, malgrado possa haver a quem tua presença presente não esteja. Há presenças que nem são presenças, são até uma forma de se evitar, como a dizer: estou aqui presente para te negar naquilo que sobre mim vieres a demandar.” (Pe. Airton Freire)