“Quando tua vida se tornar plena de sentido, tu povoarás teus dias de alegria e de não menos provações também. Quando tu povoares tua vida de sentido, tu entenderás o sentido de viver e de amar, de sofrer e de chorar, da separação e da presença, da quietude e da inquietação. Tu entenderás. Porque nada ficará fora do sentido de que a tua vida será povoada. Saibas tu que, numa vida plena, todos os seus momentos estão integrados, mesmo aqueles dos quais se tira uma lição. Integra, pois, num único rumo, numa única direção, sem dispersão, o que viveres, intensamente, aqui. Busca, na verdade de tua alma, que, na integridade de tua identidade, não haja divisão entre o que sentes e o que fazes, entre o que expressas e o que acreditas. Pois seria grande dor para ti acreditar em algo que não pudesses expressar ou que expressasses aquilo em que não pudesses acreditar. Tu viverias os anos de tua vida representando. Para quem? Para ti mesmo? Para outros? Se para outros representares, que recompensa terias nisso? Digamos que o seu reconhecimento. Mas de que te vale o reconhecimento de outros, se, aos poucos, tu morres a cada dia? Melhor será que a cada dia tu vivas, mesmo que tenhas de pagar um preço por isso. Maior ou menor preço terás de pagar ao longo de tua vida; importa que o saldo final seja positivo. Que tu possas dizer, como disse São Paulo: “Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé” (II Tm 4,7).” (Pe. Airton)