“Há pessoas que perseguem um objetivo, um fim. Em relação a esse objetivo sentem-se mais próximas, a cada vez que novos passos nessa direção conseguem dar. Há pessoas para quem o fim proposto é tão distante que, por mais que se faça, mui aquém do que se propuseram conseguem alcançar. Por isso, quando te diriges a uma pessoa, saibas tu que ligada a ela existe um projeto, até para aquelas que se negam a admitir que ligadas a algum projeto possam estar. E se tu dirigires a um projeto, lembra-te que a ele muito mais pessoas ligadas estão. E aí os atos que tu fizeres, em razão deste contexto, mui maior repercussão ganharão. Portanto, fica atento tanto ao teu dizer quanto ao teu agir ou proceder, pois, mesmo as tuas palavras, mesmo os pequenos atos que consideravas corriqueiros ou insignificantes, em razão do contexto, grande dimensão poderão alcançar. E se continuares a te relacionar com pessoas ou com um projeto, sem levar em conta a dimensão que os teus atos poderão ter ou vir a se revelar, é possível que, no meio do caminho, haja pedras de tropeços e alguns deslizes poderão acontecer ou em pequenas coisas até poderás tropeçar. Mas, se vieres a tropeçar, não se ficará atento ao que foi o tropeço, mas o ato de teres tropeçado, de teres deslizado e este é o inesperado. E se disseres que és humano, pensarão que, implicitamente, fazes confissão de tua falta. E se disseres que tu és humano e por isso podes ou poderias errar, dirão que admites ser um erro o que fizeste. E se os mais próximos a ti não compreenderem; e se sentires que te falta apoio até para que os teus mais próximos certas evidencias possam enxergar, começarás a te sentir tolhido e a te perguntar se todo esforço até ali terá valido, se, na verdade, não seria melhor largar, deixar, abandonar.” (Pe. Airton)