“Quando tu te dirigires a uma pessoa, procura entender que, ligado a ela, existe um projeto, mesmo que ela negue a algum projeto estar vinculada. Se tu diriges um projeto, lembra-te de que a ele muito mais pessoas ligadas estão, e, aí, os atos por ti realizados, nesse contexto, muito maior repercussão ganharão. Cabe então estar atento ao que se há de fazer ou dizer. Atos e palavras corriqueiramente considerados sem importância, em razão do contexto, terão maior relevância. Se continuares a te relacionar com pessoas ou projetos, sem levar em conta a dimensão que os teus atos poderão ter ou vir a revelar, poderá acontecer que, no meio do caminho, haja pedras, tropeços e alguns deslizes. Em coisas pequenas, poderás tropeçar, cair e quiçá até te perder. Quem realiza um trajeto deve ter simplicidade e humildade para retornar aonde em algum momento a caminhada tenha sido bloqueada. Se algo não estiver fluindo, com certeza, em algum ponto, algum elemento, ao menos, estará criando barreiras. Se algo em ti, por exemplo, estiver se partindo, poderá isto ainda ser revertido, se, em tempo hábil, houver alguém que torne este ponto fortalecido. Digo tempo hábil, porque, se só tardiamente o socorro chegar, a reversão não será mais possível. Não podes, todavia, recompor a natureza de um acontecimento, por razões alegadas ou explicações dadas. Palavras não mudam os fatos, embora contribuam para encaminhamentos ou posicionamentos a partir dos mesmos.” (Pe. Airton)