“Existe um conjunto de elementos formadores de valores, e estes valores passam por ti e em ti são conservados, para que possas, a partir deles, fazer o melhor que esteja ao teu alcance e deixá-los com tua marca, como uma herança. As coisas mais valiosas não são coisas. A elas, poderás fazer barragem, estancagem e não permitir sua continuidade. Poderás rasurar uma inscrição, aquilo que se passa no recôndito da alma, no mais profundo do coração. A tais coisas, poderás dizer não, impedindo sua transmissão. Existem coisas das quais contas jamais foram prestadas. Todavia, elas permanecem numa cobrança contínua, como se justiça fosse preciso ali fazer, a fim de que se tornassem equalizadas. Tais coisas são passíveis de transmissão ou de negação, de continuidade ou de interrupção. O valor das coisas que não são coisas está em que elas jamais serão suficientemente avaliadas. Um dia, aconteceram. Confiar, respeitar, acreditar, crer, amar… Que faças tudo para que não percas em ti tais elementos, pois, vindo isto a ocorrer, uma ruptura, nos sentidos estrito e lato, não terias com evitar.” (Pe. Airton)