“(Acre)ditos, o que significam? São ditos amargos, quer pelo conteúdo, quer pela forma como eles vêm a se dar. Por onde se tem início os (acre)ditos? Quando se começa a não querer mais escutar; uma série contínua de falências do ato de ouvir e falar tem lugar. Quando, de constante, não se quer mais ouvir, quando torna-se até difícil falar em razão da falência constante de não se verem resultados palpáveis, o que ainda fazer? Antes que haja a ruptura do momento que se esteja vivendo, antes que impasses obstruam o possível de novos passos, é preciso examinarem-se possíveis saídas para qualquer situação, pois, se a tua natureza é sempre falha e falível em repetidos momentos, não menos constante é o bem que em ti existe e que pode ainda ser efetivado. Convém que se faça uma parada em determinado momento da caminhada, para que se dê, então, lugar a momentos propícios; para novamente se abrir espaço ao encanto do primeiro encontro e, como da primeira vez, um norte possa se encontrar.” (Padre Airton)