“Repito esta verdade: a realidade dos sonhos é que eles podem ser fantasmados ou podem ser guias seguros e, nos avanços da vida, necessários. Adiante e na retaguarda, precisam estar os sonhos para se viver e vencer. Sonhar é necessário. Onde os sonhos são sonhados? Eles são sonhados onde a realidade é por eles bordejada. Podem estar próximos ou, ao contrário, em fuga, para longe dos que da realidade se distanciaram. Tu precisas sonhar para sentir que vale a pena acreditar. Sem sonhos, é impossível suplantar determinada ordem de dificuldades. Sonhar para não parar. Sonhar, igualmente, para fazer pausar. Sonhos trazem consigo possibilidades claras de levar adiante e de paralisar. E aí a pergunta que insiste, não esmorece: quais sonhos fortalecem a esperança e quais sonhos enfraquecem e criam ânsia? Repondo-te: os primeiros são os sonhos que enaltecem ideais, que engrandecem e que, do presente, fazem o seu melhor presente. Já os do segundo caso são aqueles que levam a descer, mesmo quando conseguem embevecer; são os que levam à perda do sentido de realidade. Pesadelos são o que paralisa no medo, não deixando ver. Nisto consiste seu desserviço: quando se estabelecem, resultam em que, rapidamente, da realidade fazem esquecer, obliteram a consciência, não deixam ver.” (Pe. Airton)