“Para além de tuas possibilidades, jamais haverás de ser tentado. O que se pede de ti é constância na fidelidade, para que possas merecer a graça, que, por sua vez, gratuitamente te é dada. Lembra: ‘Ao que é fiel nas pequenas coisas, mais ainda lhe será dado; ao que é infiel, até o pouco que tem lhe será tirado’ (Lc 8,18). O que não podes é, na provação, querer vacilar, porque isso corresponderia a ceder à tentação, por torná-la acesa por resquícios que, em ti, certamente, há. O que se aprova, na provação, é a tua capacidade de acreditar e superar, sabendo que a obra em ti iniciada a bom termo, com certeza, chegará. Nada vem para, eternamente, ficar. Guarda isto: o que atribula a ação é, exatamente, a não persistência na confiança. Havendo desconfiança, não haverá avanço. Na ansiedade, a tua alma não chegará à saciedade, por bloqueios à obra em ti iniciada.” (Pe. Airton)