“Há certas coisas que é preciso saber de antemão, sem o que seremos semelhantes a um carro que caminha na contramão. Que não venhas tu a cair com teus próprios pés, nem a sofrer o que, por tuas próprias decisões, haveria de te causar revés. Há coisas para as quais tu já vives o adiantado da hora, e há certas coisas sobre as quais precisas decidir sem demora. Há coisas pelas quais é preciso esperar, e há coisas sobre as quais é preciso decidir imediatamente, já! Por isso, a pergunta que te faço inicialmente: que tempo é este em que estás vivendo? É feito de quê? Vives em função de que ou para quê? Tu fazes o que fazes buscando o quê? Em relação a que, tu te sentes além? Em relação a quem, tu te sentes aquém? Na verdade, o que tu estás fazendo é expressão da forma mais genuína do que estás querendo? Ou intimamente tu estás vivendo o que não desejas? E, a continuar desta forma, suportarás estas tensões até quando? Há coisas que não podes mais protelar, há certas coisas que tens de decidir, e outras até pelas quais terás de esperar. Qual a qualidade da vida que tu estás tendo? Em relação a que coisas tu te sentes morrendo e para que outras coisas tu estás vivendo? Afinal de contas, vives em função de que ou de quem? É claro para ti o para quê? Ou apenas vais fazendo o quê? Não importando para quem ou o por quê? Viver é mais que existir, já se disse um dia. Na vida, é preciso insistir, persistir, mas, antes de se fazer, há que se discernir. Do contrário, tu poderás fazer o que pode não te convir.” (Pe. Airton)