“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” (cf. 1Jo 4,10)
Com o nascimento do Menino Jesus, Deus revela de forma concreta o Seu amor por nós. O Altíssimo manifestou Sua grande luz em um menino que nasceu para nós. No Menino de Belém, descobrimos que somos amados por Deus de maneira gratuita. Compreendemos, então, que Deus, sendo amor, nos criou por amor. E, ao nos enviar Jesus, nos deu a capacidade de amar, uma vez que “o que ama acolhe o amado em seu interior” (Pe. Airton Freire).
Em Jesus, Deus tornou-Se pobre, ao permitir que Seu Filho nascesse na pobreza de um estábulo. No Menino Jesus, Deus fez-Se dependente, necessitado do amor dos homens. Assim, por meio do Menino de Belém torna-se clara a humildade de Deus Pai e o Seu imenso amor pelos homens. Por meio do nascimento de Jesus aprendemos de Deus Pai que “se dissermos que amamos, mas a expressão desse amor não cultivamos, da vida não participamos” (Pe. Airton Freire).
Neste tempo de Advento, período em que estamos à espera do Jesus Menino, devemos refletir sobre tudo o que nos impede de perceber a proximidade de Deus para conosco, pois, somente assim, teremos a oportunidade de vir a compreender a imensidão do amor de Deus. “Enamora-te do construtor e morador mais importante das tuas moradas, e a tua alma fortalecida, jamais esquecida, tornar-se-á o sacrário de quem, desde toda a eternidade, escolheu-te e amou-te” (Pe. Airton Freire).
É preciso que enxerguemos, neste pequenino Menino que jaz na manjedoura, o verdadeiro segredo da vida. Ao enviar-nos Jesus, Deus Pai nos pede que o acolhamos no nosso coração, no nosso lar, na nossa relação com o próximo, pois, “onde o amor estiver ausente, nada de concreto existirá, nada de permanente haverá”; “amor engrandece, enobrece. Aquele que se nega a amar se entristece, perde a razão de ser, vive para o que não tem ser” (Pe. Airton Freire).
Em todo o contexto do nascimento de Jesus há, para nós, ensinamentos de vida: a fidelidade e docilidade de Maria para com a vontade de Deus, a sábia prudência de José, a simplicidade dos pastores, a confiança dos Reis Magos em seguir, através da estrela, o sinal de Deus.
O desafio para nós, cristãos, em todo o acontecimento do nascimento de Cristo, reside em saber diferenciar entre um Jesus menino pobre, privado de sua divindade, ou um Jesus idealizado, personagem de um conto natalino. E este reconhecimento do real Menino de Belém, o Filho enviado de Deus, só conseguiremos ter quando amarmos, pois, “o amor, quando não demonstrado, nasce e se vai como se não tivesse nascido e, se permanece, em sendo tão esquecido, equivale a ter morrido, já que sendo imortal não poderia a morte ter conhecido” (Pe. Airton Freire). Entendemos, então, que, para participar do nascimento de Jesus Cristo, precisamos percorrer um caminho em busca de uma extrema simplicidade exterior e interior que tornará o nosso coração capaz de ver.
Celebremos, então, um Santo Natal, renunciando a fixarmo-nos no que mensurável e palpável. Deixemo-nos fazer simples por aquele Deus que se manifesta ao coração que se tornou simples. Rezemos por todos aqueles que são obrigados a viver o Natal na pobreza, no sofrimento, na doença, pedindo que Deus se manifeste em Seu esplendor a todos, sem exceção, através do nascimento de seu Filho no estábulo.
“Toma uma determinação de viver coerentemente a partir daquele que tanto te amou, o teu Senhor, aquele que não te enganará, aquele que te libertará, o Liberta a dor, o Cura a dor, o Salva a dor, teu Senhor, Jesus.” (Pe. Airton Freire).
Feliz Natal. Viva Jesus!
Serva da Terra