“Eu te resgatei, tu és meu. Eu dei o Egito por causa de ti, eu dei o ouro de Sebá por ti.” (cf. Is 43,1-7)
“É preciso ler os sinais e as demandas que nos chegam e responder a elas, a partir de um sério discernimento, sem o que tu passarás a viver como aqueles que usam de um projeto pessoal, sem considerá-lo conectado com uma dimensão mais ampla. Levante-te e anda! Vai apresentar-te. Mesmo quando proibidos de falar, os discípulos anunciavam. É impossível conter quando um encontro acontece e falar desse encanto que se manifesta, sobretudo, por um estilo de vida, por um modo de ser. Sem que tu fales, os teus atos poderão de ti testemunhar. E daquele em quem tu acreditas, a quem tu serves, mesmo que viesses te calar, a tua vida por ti haveria de falar.” (Pe. Airton Freire)
“O amor é quem mais fundamentalmente te conhece; é ele de todos os valores o maior que temos. Amor que é tanto servo como amigo, tanto é sábio quanto humilde. Amor, antídoto contra toda a solidão, mesmo a que se faz acompanhada. O seu contrário é frieza, mesmo quando no calor. Tristeza, mesmo em meio a risadas. Indo-se de vez, não sobreviveremos. Esvaziam-se as moradas, todas elas da alma, totalmente. Ar que se respira, o amor anima a alma, dá-lhe vida, novo alento. Só o amor faz sentido. Digo: só o amor permanecerá.”
Pe. Airton Freire
(Texto do Livro “Am(ai)”)
“Zelando, todos se tornam participantes do amor que Ele tem para com todos. Reinamos com Ele à medida que zelamos, sacrificamo-nos e consagramo-nos por aqueles por quem Ele próprio amou e se entregou. Então, o totalmente oposto ao zelo é o descaso, é o desprezo, a indiferença, a ausência de cuidado, é o desleixo, a apatia , a indiferença, a frieza, como se nada mais lhe importasse, como se só tivesse que servir ao Senhor em certos momentos e não se tivesse de amá-lo sempre numa relação esponsal todos os dias de tua vida. Tal amor e zelo teve Cristo para com o Pai, da mesma forma que, como cabeça, Ele tem para com a sua Igreja. E nós nos tornamos participantes do seu amor à medida que amamos, não só afetiva, mas efetivamente. Amor efetivo tem um nome: zelo. O amor é efetivo, é o que transforma; aquele de que o mundo carece, aquele que nós próprios carecemos, necessitamos. Portanto, sem caridade não há unidade, sem zelo a alma sucumbe.”
Pe. Airton Freire