“É tão possível quanto provável que muito do que aconteça fuja ao que de melhor tu tenhas planejado. Existe sempre algo que escapa ao que tu davas como certo, ao que esperavas ver executado. Existe um ‘princípio da indeterminação’ que faz com que algo sempre possa fugir ao controle em toda e qualquer situação. Se esses elementos de indeterminação forem um considerável percentual, tu poderás, não perder o controle, mas contar com uma grande parcela do imprevisível, quando tiveres de tornar algo executado. O princípio da indeterminação implica que sempre algo poderá fugir àquilo que tenhas cem por cento planejado. Algo sempre escapará: de tudo o que quiseres fazer, dizer ou pensar, não poderás, in totum, prever, quer partindo de lá, quer vindo de cá. Hás que ter, em tal situação, reação compatível com o factível. Precisarás pôr em execução o princípio da complementariedade. Por ele, haverás de admitir que é a tua diferença com a outra diferença que podem fazer a riqueza do momento surgir, pois, se fosses igual aos demais, nada mais haveria por se fazer. Seriam todos apenas réplicas uns dos outros, o que significaria a morte.” (Pe. Airton)
Primeira Leitura (Jr 18,18-20), Salmo (Sl 30), Evangelho (Mt 20,17-28)
“Qualquer pessoa precisa na vida descobrir o seu lugar, e aí agir com desejo de acertar, mesmo que venha a errar. Mas, quando o erro é deliberado, contraria a Divina Vontade. Quando o desejo de acertar é forte, mas as forças faltam, o Senhor vem em socorro para ajudar.
O que é preciso na vida é definir o seu lugar. Tu vives neste mundo em razão de quê? Pergunta-te, por exemplo, a ti mesmo: qual a razão que te faz viver? Tu vives em razão de quê? Tu existes para quê? E que se isso um dia viesse a ti faltar, tu não terias como continuar.
Tu precisas descobrir essa joia de tamanho valor e dela cuidar, preservar, zelar, não deixá-la ser devassada, aprimorá-la, com carinho cuidá-la; pois, ela está para ti como o teu ser está para o Senhor, ela é uma preciosidade dada ou conquistada para que tu possas marcar tua presença nesse mundo nos dias que tens ainda, deixando por tua presença a tua marca.
Para tanto, tu precisas descobrir e agir conforme esse lugar. Não precisas rastejar, não precisas te altivar. Tu precisas simplesmente tornar-te companheiro de caminhada, ajudando conforme as tuas possibilidades, a quem esteja ao teu lado.
Vive com simplicidade, com modéstia, sem ostentação. Tu não precisas disso para marcar tua presença, para em definitivo encontrar para a tua vida a certeza de que não estás só, não caminhas à revelia, encontraste o lugar, a joia da coroa, e por isso vive com simplicidade e alegria. Mas, define o teu lugar, encontra o teu lugar e não sejas inoportuno, não sejas invasivo, mas discreto, consciente do que tens de fazer, um bom amigo.
Assim, viverás com naturalidade, preencherás os teus dia de sentido, e marcarás a tua presença por todo bem que farás aos próximos e para a humanidade.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Pe. Airton)