“Quem, por toda sua vida, tem um objetivo a alcançar, poderá até, em certos momentos, perder algumas batalhas, mas a vitória final garantida está. Aquele que tem uma razão clara para viver poderá ver dias e noites sucederem-se, todavia, o objetivo se alcançará com toda a certeza. Quem busca pela Sabedoria e “por ela madruga, não se cansa e vai encontrá-la sentada à sua porta”. Aquele que ama o bem, expresso na verdade e nisto persiste, mesmo na adversidade, verá que tudo passará, e que só o amor e o bem que daí procedem, haverão de permanecer e assim ficará.” (Pe. Airton Freire)
“É preciso encontrar, em qualquer ocasião ou situação, um sentido para se viver, uma razão para amar, sorrir e até para sofrer. É preciso encontrar um motivo para não ter que desistir, uma razão para persistir, um fundamento para continuar. É preciso encontrar motivos renovados para sonhar, para não ter que desistir, para não se desesperar. É preciso um sentido profundo, em cada acontecimento, encontrar. Jesus Cristo, o nosso Senhor, é o sentido de toda a vida, é a resposta a todas as interrogações, a medida final de todas as inquietações. Jesus Cristo é a nossa maior razão de viver. Se viveres por ele, nele e para ele, hás de ver que a própria dor ganha sentido, razão de ser.” (Pe. Airton Freire)
“Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei de tua face?” (Sl 139,7)
Não fujas de querer construir o que depende de ti, pois forças contrárias poderão se levantar, interceptar e até destruir o que tiveres feito até ali. Tu não podes fingir que não queres ver o ponto onde és mais frágil. Se assim tens procedido, dás margens, amplamente, ao que poderá te perder. Isto é possível, neste exato momento, ainda reverter? Dificuldades sempre na vida haverás de ter. Terás, em qualquer situação, de administrá-las. Resolvido algo aqui, outra coisa precisarás resolver lá. A tua paz, por nenhuma dessas coisas, pode se perder. Aliás, a paz, nas tuas moradas, é a melhor parte que há de ser preservada, é o que de melhor trazes em ti. Mas não finjas não querer ver, já que tiveste condições de saber como fazer; pior seria se não soubesses e pego fosses de surpresa, em consequências que, agora, não terias, totalmente, como prever. Toma, portanto, posição: administra-te, primeiramente, com equilíbrio e toma uma firme, mas serena decisão. Se for para acontecer, cria as condições para que, em acontecendo, venha a permanecer. Se não for para acontecer, não vale a pena alimentar. Desgastes desnecessários alimentarias, e, afinal de contas, vindo a viver à revelia, em que isto, ainda mais, haveria de resultar? Sobre isso, convém pensar.
Não fujas nem finjas. Há coisas com as quais, neste momento, tu podes contar, e há coisas que, querendo com elas contar, sendo fugidias como são, não te dariam (como não darão) a oportunidade de avançar. Ao contrário, a obra que tens a realizar retardada seria, como outras vezes ocorrera. E, se não tomares o posicionamento seguro, no indevido, tudo isto resultará.
Volto a repetir: não queiras fugir, não queiras fingir. As tuas moradas são o espaço do que melhor há em ti.
Pe. Airton Freire