Primeira Leitura: Números 21, 4-9; Salmo Responsorial: Sl 101,2-3.16-18.19-21; Evangelho: João 8, 21-30
“O sentido do que é pleno pode revelar-se quando a carência for mais extrema. Dito em outras palavras: quando a carência for extremada é possível ter a ideia, a percepção, a experiência do único que é pleno e preenche a alma.
Quando o Filho no madeiro foi levantado, alguns que estavam ali presente compreenderam que estavam frente a frente com o Messias, o Filho de Deus, o Salvador, o Bem-Aventurado. Também em tua vida, em situações para as quais não vês mais saída, tu poderás então ter um vislumbre do que seja a plenitude, do que seja vida e verdade. Pois, enquanto a exemplo do irmão do filho pródigo estava em casa no convívio com o Pai, ele tinha como que um embotamento e não percebia a grandeza do que vivia a cada momento, já que o pai desejava fazer com ele unidade, mas isso ele não enxergava. Por outro lado, aquele que havia saído de casa e desejava comer a lavagem que aos porcos era dada, esse teve a convicção do que significa viver em comunhão com o princípio vital e, por isso, desejoso voltou para casa. E, enquanto pelo pai foi acolhido, pelo irmão foi maltratado. O certo é que em alguns momentos de tua vida, no extremo da penúria, no extremo do sofrimento, tu poderás ter um vislumbre daquilo que é pleno e em definitivo lançar-te para não mais querer deixá-lo.
Há pessoas que precisam passar pela experiência do nada para vir a tudo a conhecer. Há pessoas que precisam chegar ao fundo do poço para, somente a partir daí, se reerguer.
Muitas são as modalidades de mudança. A todas o Senhor está atento. É preciso que tu não permitas chegar a uma saturação, para fazer de tua vida um novo reposicionamento. Ainda é tempo, e o Senhor está atento ao desejo de voltar aos teus mais leves movimentos.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Pe. Airton)