“Eu confio na grandeza do Senhor. Eu confio que ele não me criou para a dor, embora passar pela dor seja o preço a se pagar por amá-lo com tanto ardor. Que o Senhor me conceda a graça de, através dos anos, eu não me tornar embrutecido. Que eu não me sinta, por ele, jamais desprotegido. Que o Senhor me ampare na queda. Que o Senhor me levante se eu estiver caído. E assim meu coração por ele formado saberá compreender melhor os perseguidos, os desvalidos, os largados, os esquecidos. Que o meu Senhor cure as minhas feridas e dê paz ao meu coração. Essa é a graça que eu pedirei ao Senhor. A graça de acreditar nesse bem que ele me deu: a sua filiação. Eu ressuscitarei. Para esse dia é que eu vivo, é que eu tenho vivido e que ainda viverei. Eu ressuscitarei como ressuscitou o meu Senhor. Eu ressuscitarei porque a ressuscitação é obra do meu primeiro amor, do meu grande amor, do maior amor de minha vida. Eu ressuscitarei porque vive o Ressuscitado.”
Pe. Airton Freire
“Acredita: vale a vida, vale a esperança. Mesmo que tenhas, em algum momento, cometido algum ato de desamor que te tenha causado enorme perda ou dor, considera que o amor incondicional daquele que te ama é o que faz estancar essa sangria. Não estás só. O Pai é primeiro interessado na obra que realizas. A esperança que cultivas em teu peito é que te dá a certeza de que verás os sinais de que, apesar de tantos ais, há motivos para se crer. Retoma a partir do ponto onde ficaste. Reconstrói o que estiver sido partido. Reconstitui-te a ti mesmo, pois não podes sair estando tu ainda dividido. Confirma na fé e na esperança os teus. Dize-lhes: a vida está ao nosso lado. Ele vive e convoca os seus.”
Pe. Airton Freire