“(Acre)ditos, o que significam? São ditos amargos, quer pelo conteúdo, quer pela forma como eles vêm a se dar. Por onde se tem início os (acre)ditos? Quando se começa a não querer mais escutar; uma série contínua de falências do ato de ouvir e falar tem lugar. Quando, de constante, não se quer mais ouvir, quando torna-se até difícil falar em razão da falência constante de não se verem resultados palpáveis, o que ainda fazer? Antes que haja a ruptura do momento que se esteja vivendo, antes que impasses obstruam o possível de novos passos, é preciso examinarem-se possíveis saídas para qualquer situação, pois, se a tua natureza é sempre falha e falível em repetidos momentos, não menos constante é o bem que em ti existe e que pode ainda ser efetivado. Convém que se faça uma parada em determinado momento da caminhada, para que se dê, então, lugar a momentos propícios; para novamente se abrir espaço ao encanto do primeiro encontro e, como da primeira vez, um norte possa se encontrar.” (Padre Airton)
“O Senhor nosso Deus é modelo de caridade e zelo de pastor. Por isto, de mim são requeridos o mesmo zelo e a mesma caridade que ele dispensa para com aqueles que são seus. Tenha-se presente, para isto, pois, que o vínculo da perfeição consiste em amar e que todo o zelo, toda a caridade são a resposta requerida e necessária para que o vínculo permaneça.” (Pe. Airton Freire)
“Tu te lembras de antigos ou recentes acontecimentos, como as coisas vieram a se passar – em razão de uma fala ou de uma escolha – e em que isto veio a resultar, tu te lembras? Tu te lembras que, mesmo querendo acertar, erraste enormemente? Tu te lembras de que, por uma casualidade, algo nem planejado, algo de novo aconteceu e como o quanto mudou por tudo o que se passou a partir daquele momento? Assim é a vida da gente. Nem sempre somos o que queremos; de constante, nem sempre realizamos o que planejamos e, quando efetuamos o que queremos, ficamos aquém daquilo que tínhamos no coração ou em mente. Assim é a vida da gente. Nesse estado de constante inacabamento nós nos movemos, nem sempre errando, nem sempre acertando; às vezes, levados ou levando; às vezes, caindo, chorando ou sorrindo. Importante é que, tendo claro aonde se queira chegar, nunca desistir, pois o melhor sempre está por vir.” (Pe. Airton Freire)