“Para não se enxergar, pode-se usar fatos. Para se defender de algo, pode-se usar fatos. Basta deslocá-los e apresentá-los, mesmo que descontextualizados, como provas, evidências, sinais, pistas, o que for, desde que o resultado final seja favorável. Há pessoas que agem assim.” (Pe. Airton)
“São Paulo escreveu certa vez: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém” (I Cor 6,12). Isso quer dizer que não é preciso que algo seja proibido para não me convir. Algo que seja permitido poderá não me convir. Até pela inoportunidade de realizá-la em determinado momento, ela poderá não me convir. Há coisas que são boas por natureza, mas não convém a sua realização naquele momento. Então, não convir que se faça algo não tem, necessariamente, a ver com uma natureza má da coisa. Tem a ver, também, com a ocasião em que ela poderá ou não ser. Exemplo: se alguém estiver dormindo, não convém que se fale alto. Se alguém escuta pouco, convém que se aumente a voz. Então, não tem a ver com a natureza do falar alto, que isso seja mau ou bom, mas com a ocasião e a oportunidade.” (Pe. Airton)