“O núcleo central em torno do qual gira o discurso de Jesus é Ele mesmo, o mistério da sua pessoa e da sua morte e ressurreição, e o seu retorno no fim dos tempos. A nossa meta final é o encontro com o Senhor ressuscitado. Gostaria de perguntar-lhes: quantos de vocês pensam nisso? Haverá um dia em que eu encontrarei o Senhor face a face. Esta é a nossa meta: esse encontro. Não esperamos um tempo ou um lugar, mas caminhamos ao encontro de uma pessoa: Jesus. Portanto, o problema não é quando acontecerão esses sinais premonitórios dos últimos tempos, mas o fazer-se encontrar preparados para o encontro. E não se trata nem mesmo de saber como se darão essas coisas, mas como devemos comportar-nos, hoje, à espera desse encontro”.
Somos chamados a viver o presente, construindo o nosso futuro com serenidade e confiança em Deus. A perspectiva do fim não distrai a nossa atenção da vida presente, mas nos faz olhar para nossos dias numa ótica de esperança.
“É aquela virtude tão difícil de ser vivida: a esperança, a menor das virtudes, mas a mais forte. E a nossa esperança tem um rosto: o do Senhor ressuscitado. Jesus não é somente o ponto de chegada da peregrinação terrena, mas é uma presença constante na nossa vida. Sempre está ao nosso lado, nos acompanha; por isso, quando fala do futuro, e nos projeta rumo a ele, é sempre para reconduzir-nos ao presente. Ele se coloca contra os falsos profetas, contra os videntes que preveem próximo o fim do mundo, e contra o fatalismo. Jesus está ao nosso lado, caminha conosco, nos quer bem”.
Cristo quer subtrair seus discípulos de todos os tempos da curiosidade pelas datas, previsões, horóscopos, e concentra a nossa atenção no hoje da história.
“Gostaria de perguntar-lhes – mas cada um responda a si mesmo –: quantos de vocês leem o horóscopo do dia? Calado! Cada um responda a si mesmo. E quando lhe der vontade de ler o horóscopo, olhe para Jesus, que está com você. É melhor, lhe fará bem. Essa presença de Jesus – concluiu o Pontífice – nos chama à espera e à vigilância, que excluem tanto a impaciência quanto a apatia, tanto o agir precipitadamente quanto o permanecer prisioneiros no tempo atual e na mundanidade.”
(Papa Francisco)