“Vive a vida simples, ama a ti, dá paz aos teus; inaugura o novo tempo, ousa lutar, amar e encontra, em meio a tanta cobiça, um motivo sóbrio e sério para se viver. Rompe as amarras da servidão. A hora é chegada. Deixa claro o que pretendes. Sê tu, primeiramente, praticante deste novo tempo, desta nova forma de ser, de viver e de estar. Ama a vida simples. Restaura-te. Tem plena confiança de que viver simplesmente é a forma mais racional e emocionalmente direta de se viver conseqüentemente.
Vive a vida. A vida simplesmente.
É chegado o tempo de se viver com alegria novamente.”
Pe. Airton Freire
(Texto do Livro “A Vida Simples”)
“Amo ao Senhor, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica”.
(Sl 116, 1)
Quando as coisas estão se passando interiormente como uma tendência do coração, tu poderás ainda verificar a sua pertinência e possibilitar ou não a sua efetivação. Os acontecimentos mais graves, sejam positivos ou negativos, passam, primeiramente, pelos recônditos de tuas moradas, a partir de dentro, e aí os dás ou não assentimento. Poderás ratificá-los ou retificá-los enquanto não forem ainda efetivados. Porque, uma vez que um fato venha a se dar, não poderás modificá-lo. Diante de um fato dado, tu poderás te posicionar, e isso já fará diferença, mas, quanto ao próprio fato, tu precisas ter ciência que, uma vez ocorrido, não poderá ser modificado. Por isso, antes que algo venha a acontecer, enquanto estiver como possibilidade ou probabilidade, convém que tu te decidas, de forma exata, acerca do que, interiormente, estiver acontecendo. A partir deste respaldo, mais claro terás como e o que fazer. Assim, evitas que, depois de dizer, tenhas que desdizer, e, depois de fazer, busques refazer. Em bases sólidas construído o que de melhor trazes contigo, claro ficará que, antes pelo bem que pelo mal, antes pelo bem dito que pelo mal dito, a Verdade é tua regra de vida, aconteça o que acontecer.
É preciso, então, que tu estejas preparado para as eventualidades, o imprevisível. O imprevisto, quando acontece, coloca-se como uma possibilidade do planejado, é sua variável possível. Tu já sentes em que vão resultar certas coisas, a continuarem da forma como estão. Com outras coisas, inesperadamente algo pode se passar, e também isso terás de administrar. Tu precisas estar, portanto, preparado tanto para o planejado como para o eventual, a fim de evitar revés e que teus atos sejam produzidos de modo a que venhas a cair por teus próprios pés. O que não se pode continuar não se deve alimentar. O que hoje é amanhã poderá não ser, não sabes se será. Que estejas tu preparado, não dissipado, não dissipando, não divagando, mas executando o que de melhor em ti exista, a fim de que um bem possível possa ser efetivado. Se assim procederes, com certeza, chegarás a bom termo em toda obra de bem que, por meio de ti, tiver sido iniciada. O contrário também é verdadeiro, e descuidos poderão te levar a resultados indesejados.
Pe. Airton Freire