“Quem vive só por viver não vive mais, nada mais o satisfaz na busca de preenchimento do vazio, e, assim, acabará por perder a razão de continuar a querer. Um sentido para viver é preciso a todo custo encontrar. Somente em Deus, terás segurança; somente nele, alicerce seguro para tua vida tu poderás achar. Tudo mais será substituto inadequado, pois somente o Senhor em ti poderá consolidar paz constante.”
Pe. Airton Freire
“É preciso descobrir o propósito para o qual o Senhor nos pôs aqui. Apenas fazer coisas não proporciona nenhuma razão para existir. É preciso viver com um sentido mais profundo, um sentido que cale largo e bem fundo, um sentido pelo qual se possa, a Deus, de constante, agradecer.”
Pe. Airton Freire
(1Tes 5, 18)
Em tua vida, há acontecimentos passíveis de terem ou não prosseguimento dependendo do quanto de verdade neles estiver presente. Acontecimentos que, na tua vida, poderão ser reavaliados, têm valia se à verdade estiverem orientados. Tu poderás reavaliar a tua vida a partir de determinado momento, lugar ou acontecimento – nada disso invalida, contudo, que somente poderá ter prosseguimento todo ato que na verdade estiver sedimentado.
Considera que aquilo que mais intensamente tens buscado achar ou aprimorar, nas tuas moradas, no espaço mais sagrado da tua integridade, tem seu ponto de partida e seu ponto de chegada. Afinal, de que adiantaria que os objetivos traçados por ti fossem todos alcançados se eles não te levassem a um conhecimento mais profundo de ti mesmo e se, as tuas limitações, tu não superasses? De que adiantaria um projeto bem executado se ele não te levasse a descobrir-te por inteiro, a fim de que o bem que por esta via viesse a ser executado tivesse garantia de prosseguimento por estar em consonância com a verdade? De que adiantaria que muito viesses tu a fazer se os teus feitos não revelassem a grandeza maior que há no teu ser? O fazer, para ser verdadeiro, há de expressar o ser, pois o que se faz e que não transmite a verdade que há no ser não tem razão de acontecer, ficando tão somente no fazer-se por fazer. Nesse caso, o ato nasce ou acontece desumanizado, não revelando o melhor que há em ti, em sua verdade, a fim de que tu possas fazer uma reavaliação e, por conseguinte, uma superação dos pontos em que estejas eventualmente falho.
Se, na vida, tu te dispuseres a fazer uma reavaliação de posições assumidas, de atos praticados, avalia a partir da consonância do teu ser com a verdade. Do contrário, apenas farás alguns ajustes ou, no máximo, um plano bem elaborado. Mas efetivação e continuidade somente terá aquilo que em alicerce seguro for executado. Se, na tua vida, pretendes dar prosseguimento a algo planejado, lembra-te de que todo fazer precisa ter e ser expressão do que mais interiormente, em ti, esteja acontecendo, pois, por melhor que seja o plano elaborado e executado, se não expressar do teu ser a sua verdade, nascerá já com ínfimas condições de superação quando os problemas começarem a surgir. A superação dos teus limites tem mais a ver com o fato de estares em consonância com o que de melhor trazes em ti do que com todos os teus melhores ditos. O que leva a uma superação não é uma “super ação”, mas o quanto de amor aí estiver presente, o amor mesmo na sua nudez é ato por demais eloquente.
Pe. Airton Freire