“Aonde nem se pode imaginar chegar, consegue o amor alcançar. Perscruta, ausculta e revela nuances que só no amor torna-se possível compreender. Mergulho do ser no Ser. Participação no mistério de amar, sem saber, contudo, ao certo, como, nem a partir de quê. O amor possui uma pessoalidade. Nisto, reside sua singularidade. É mais que um sentimento; o amor é alguém. Diante dele, a razão fica muda, a inteligência dispara na busca de conceitos, razões, efeitos de causas que possam pôr o amor às claras.” (Pe. Airton)
“Tu não podes desejar que tuas demandas sobre o outro sejam aceitas e, logo em seguida, tenha a resposta que tu desejas. A relação a dois ( eu e tu ) constitue uma dinâmica do sujeito e vai sendo tecida ao longo de toda uma convivência. Tu deves entender que o outro é passível de sua própria opinião e que tua opinião não tem que sobrepor a do outro e vice versa, igualmente. O outro não é objeto de teu desejo, como acontece entre um escravo e seu senhor. Existem identificações na relação eu e tu e que, ao longo dos dias, vão sendo construídas ou destruídas. Para haver confiança é preciso que os dois íntegros sejam interiormente; do contrário, guardará isto semelhança com os que tentam encher um balão, mas com um furo ao lado. Ratifico, por fim, as palavras do Santo Padre: ‘Nao sejamos doutores da lei e sim pastores do próximo’. Meditemos, pois, na relação eu-tu e em seus fundamentos. (Vinicius, Servo)”