O Papa Emeritus Bento XVI P disse que não devemos ter medo do que Deus nos pede através das diversas circunstâncias de nossas vidas, porque a natureza do ser humano é ter sido “feitos para o Infinito”.
Bento XVI explicou que “dizer que ‘a natureza do homem é relação com o infinito’ significa então dizer que cada pessoa foi criada para poder entrar em diálogo com Deus, com o infinito”.
O Papa Emeritus afirmou que as coisas, relações, alegrias e dificuldades que experimenta o ser humano durante sua vida encontram “sua razão última no ser ocasião de relação com o Infinito, voz de Deus que continuamente nos chama e nos convida a elevar o olhar, a descobrir na adesão a Ele, a realização plena de nossa humanidade”.
“Não devemos ter medo daquilo que Deus nos pede através das circunstâncias da vida… Deus quer nossa felicidade, nossa plena realização humana. Peçamos, então, entrar e permanecer no olhar da fé que caracterizou os Santos, para podermos descobrir as sementes de bem que o Senhor espalha ao longo do caminho da nossa vida e aderir com gozo à nossa vocação”.
Bento XVI assinalou que “falar do homem e do seu desejo de infinito significa antes de mais nada reconhecer sua relação constitutiva com o Criador. O homem é uma criatura de Deus”.
O Santo Padre lamentou que atualmente “esta palavra – criatura – parece quase fora de moda: prefere-se pensar no homem como um ser realizado em si mesmo e artífice absoluto do próprio destino. A consideração do homem como criatura resulta ‘incômoda’ porque implica uma referência essencial a algo diferente ou melhor, a Alguém mais – não gestionável pelo homem – que entra a definir de modo essencial sua identidade; uma identidade relacional, cujo primeiro dado é a dependência originária e ontológica daquele que nos quis e nos criou”.
O Papa explicou que “esta dependência, da qual o homem moderno e contemporâneo busca liberar-se, não só não esconde ou diminui, mas revela de modo luminoso a grandeza e a dignidade suprema do homem, chamado à vida para entrar em relação com a Vida mesma, com Deus”. (Em 19.08.2012)
“Deus Pai encheu de vontade a nossa vida, porque o seu nome é amor, é dom gratuito, é dedicação, é misericórdia. Ele nos mostrou isso tudo, em toda a sua força e clareza, no seu Filho Jesus, que gastou a sua vida até à morte para tornar possível o Reino de Deus; um Reino que tem sabor de família, que tem sabor de vida partilhada. (…) Prefiro uma família que procura uma vez e outra recomeçar a uma sociedade narcisista e obcecada com o luxo e o conforto. Prefiro uma família com o rosto cansado pelos sacrifícios aos rostos embelezados que nada entendem de ternura e compaixão”. (Papa Francisco)