“Confia no Senhor, de todo teu coração, e não te estribes em teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas”. (Prov 3, 5-6)
Tua vida poderá ser acompanhada por atos que de ti testemunharão, dizendo da verdade ou da mentira que tiveres tomado como aliada. Está em ti tomar a decisão, a um preço alto, de seres aliado da verdade ou de optares por uma mentira que te conduza a uma ilusão sem futuro, pelo sem sentido de viver só por viver. Preço alto por isto, igualmente, há de ser pago.
Por vezes, e não sem razão, é preciso suportar algumas larvas, a fim de que, em melhores condições, uma nova estação possa acontecer. Também está em ti “mudar, para que tudo fique como está”.
São semelhantes a plantas que nascem e fenecem sem conhecer o esplendor de cada estação aqueles que à mentira fazem concessões, e estas, deixando de ser atos isolados, tornam-se a regra em razão das repetições. Fazer podagens é, por vezes, necessidade urgente. Sinais, ainda, costumam anunciar mudanças de estação para quem quer enxergar.
A superação de determinados acontecimentos exige claro posicionamento e sólidos fundamentos. Além disso, confia no Senhor, acredita em seu amor. Em qualquer situação, permanece junto a ele e dele não queiras jamais te afastar, pois o amor que ele tem por ti supera todo entendimento e, mais do que por ti ele já fez, ainda por ti ele fará. Dá espaço a que seu Espírito em ti possa um projeto de vida vir a realizar, então, o amor do Senhor, que supera todo entendimento, devolver-te-á a alegria de viver, e conhecerás o que significa ter vida plenamente. Há em ti elementos dos quais tu te sentes faltante, e, neles, ficarão mais claros os teus limites. Apesar disso, sinais te acompanharão, para testemunhar da verdade que abraçaste por opção.
Pe. Airton Freire
“Quando o olhar não se adequa à visão ou quando a visão ultrapassa a capacidade de olhar, ocorre um desequilíbrio no ato de querer enxergar. Se o teu olhar não consegue enxergar, malgrado o que se possa capturar, algo é preciso fazer. Estás diante de dois determinantes acerca dos quais hás que te posicionar, pois pode acontecer que a tua forma de ser e consequente proceder resultem de algo que já tenha feito morada em ti, não obstante o teu não querer. Isso pode se romper, independentemente de tua vontade. Podes enxergar algo que não corresponda, plenamente, à realidade. Podes não enxergar o que é próprio do teu viver. Pois, a partir de um olhar, que não seja o teu, mas de um outro, tu poderás ver. A partir de um querer, que seja um querer do outro, tu haverás de balizar a tua forma de ser. Então, a visão que daí resultará te possibilitará enxergar-te nos pontos que te farão de limites e potencialidades tuas consciente. O outro pode tanto te esconder quanto revelar a verdade que está a tua frente. Precisas discernir, primeiramente, a razão do teu olhar e a qualidade da tua visão, pois nem toda evidência, aquilo que captura o teu olhar, pode dizer da verdade única da realidade. Por quê será? Convém falar: a forma que tu tens para enxergar é condicionada por um paradigma, este convencional e humano, que te permite de determinada maneira enxergar. Mudando-se o paradigma, mudará também, consequentemente, a tua forma de enxergar. A nada convém, portanto, absolutizar. Absoluto existe um, o Senhor, que, por sua natureza própria, é somente amor e, enquanto amor, de constante, ele se dá. O que fugir a essa regra precisa ser questionado, a fim de que nenhuma visão, nenhum olhar, seja absolutizado, a partir de determinada situação que estejas a vivenciar.” (Pe. Airton Freire)