“Aceitando inteiramente o projeto de Deus, com o qual ela, tão estreitamente, se integrava e entregava-se, ouviu Maria o que o mensageiro teria a lhe dizer: ‘O Espírito do Senhor te cobrirá com sua sombra’, significando: tu terás de Deus a Sua proteção. Esse foi o primeiro momento em que Maria surge como participando do momento em que Deus dava pleno cumprimento a Seu plano de salvação, conforme descrito desde o Gênesis.” (Pe. Airton)
Mãe de Jesus. Mãe que ilumina e consola. Mãe que acolhe. Mãe que ensina. Mãe que orienta. Rogamos a Deus que possamos tê-la ao nosso lado agora e sempre.
Primeira Leitura (Gn 1,26–2,3); Responsório (Sl 89); Evangelho (Mt 13,54-58)
“Como tu podes desejar que uma situação seja mudada, se tu não estás atento aos apelos que, constantemente, lhe tem chegado? Como tu podes querer que algo seja diferente, se tu mesmo não te empenhas a tomar iniciativas de fazer algumas coisas diferentes? Como tu podes desejar mudança, se trazes o coração ainda fechado, se não estás atento àqueles que contigo caminham lado a lado, mas cuida, tão somente, dos teus próprios interesses, como se a ti mesmo tu te bastasses? Como tu podes pedir a Deus uma nova oportunidade, como tu podes suplicar perdão, se àquele que tem te ofendido ou tem estado ao teu respeito equivocado, tu não mostras, com tua própria vida, onde se encontra a verdade? Como tu podes pedir perdão se guardas rancor no coração?
Se, algumas vezes, erraste; se reconheceste que, mesmo querendo acertar, vieste a errar; se te foi dada uma oportunidade de, outra vez, recomeçar, por que tu não atendes aos apelos que te tem chegado de pessoas que tem caído, errado e buscam na vida uma nova oportunidade? Será que o perdão só para ti foi criado? Será que Deus é Pai teu, unicamente? Será que não existe nada nesse mundo além de ti e tuas preocupações? Será que o que vale a pena é cuidar de ti, tão somente?
Tu não percebes que o caminho mais curto entre Deus e o homem é o próximo? Por que te distancias, fazes vista grossa a quem está de ti mais próximo, e procuras ser todo zelo e atenção para os que estão fora de tua casa, para os que estão distantes, como que buscasses neles algum reconhecimento ou aprovação? Como se pode ser tão exigente para quem vive contigo, cotidianamente, e tão fácil, tão acessível para os de fora, como se não contassem os de casa, finalmente? Como tu podes usar de pesos e medidas diferentes, conforme o que venha te agradar? Por que tu não és justo, firme, seguro e sereno, não és constante na forma de viver, de ser, de agir e de falar?
Tu não percebes que existem algumas coisas, em tua vida, que contigo não podem mais combinar e, mesmo assim, tu insistes nelas, como se delas quiseste tirar algum proveito, como quem vive com um pé lá e outro cá, e não te decides por um único lugar? Por que estás atento onde maior oportunidade, onde mais interesse, benefício aquele lado possa te dar? Ages por interesse, ages por conveniência, não por amor à verdade. Ages conforme o que tende o teu coração. Não ages para fazer justiça, independente de quem, naquela situação. Como tu podes, então, falar com paz? Como tu podes, então, ser sinal de unidade, se tu mesmo desobedeces, se tu mesmo não segues à risca a única palavra que traz paz?
É tempo de mudança. O tempo teu está se esgotando e eu te pergunto: a continuar da forma como estás, a saturação acontecerá quando? E, quando acontecer uma saturação, tu perderás o controle da situação.
É preciso, enquanto é tempo, resolver certas questões que estão em curso; esse é o momento. Senão fizeres assim, como tu podes pedir a Deus sinais, que atenda aos teus apelos, quando a palavra do Senhor, em tua vida, dela pouco caso tu fazes? Fazer pouco caso da palavra e agir conforme teu interesse, unicamente, sem buscar traduzir em atos convincentes o que dizes acreditar, finalmente, por acaso isso tem algum valor diante de Deus onipotente?
Acreditas que Deus não saibas do que tu precisas? Ele sabe, bem antes do que venhas a precisar, mas Ele espera que tu nEle acredites, que tu dês espaço para que a mudança em tua vida Ele possa iniciar. Claro que Ele sabe do que tu necessitas, mas tu insistes em antigos comportamentos, não levando em conta a palavra do Senhor. E, por isso, tão distante dEle tens te mantido ultimamente.
Pensa aí, em alguns momentos: em que ato, em que palavra Deus não tem participado nesses últimos tempos? Em que atos teus, em que palavras tuas Ele não tem participado nesses tempos? E tu sabes quais foram os atos, tu sabes quais foram as palavras, quais atitudes e pensamentos que, totalmente, fugiram dEle e, mesmo assim, tu insistes nisso em permanecer, como se Ele, na prática, em tua vida, não contasse, finalmente.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Pe. Airton)