1 de agosto de 2016
servos da terra

IMG_0243“É na simplicidade de tua confiança em Deus que conseguirás entender que toda a tua vida está em suas mãos, que Ele é teu futuro e que todo o presente é melhor que qualquer passado. “Esquecido do fica para traz, lanço-me para a meta que é Cristo Jesus”, assim escreveu S. Paulo (Ef 3, 12 – 15). Exige abnegação descobrir e aceitar, como forma de vida, o essencial, a melhor parte do que pervade toda a realidade, essa em que estamos. Se eu me abnego, eu me torno simples, porque eu faço a opção de viver o que é essencial. Para viver a simplicidade, é preciso abrir mão de antigos ganhos, os ganhos secundários que acompanhavam os antigos costumes. Se vivo o que é prioritário, vivo o que é verdadeiro. Descobrir o essencial da existência é incorporar o que à vida dá sentido. E como a vida é mais que comida e bebida, vive o essencial da vida quem, com autenticidade, sabe viver, “quer na fartura, quer na penúria” (cf. Fl 4,12 ). Que Deus te conceda a graça de que a simplicidade, sinônimo de transparência, do essencial, de entrega confiante ao Pai, marque, verdadeiramente, teu estilo de vida. E que a coragem da renúncia, morte para certas coisas para que outras vivam, acompanhe-te e dê a tônica de tudo o que fizeres. E que o Deus da paz, cuja ternura supera todo o entendimento, esteja contigo.” (Pe. Airton)

1 de agosto de 2016
servos da terra

11“Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal”. (Hb 5, 14)

Prioridades tu tens que estabelecer em tua vida. Elas se mostrarão pela natureza de tuas escolhas. Prioridades também precisam de fundamentos e, a depender de sua profundidade, sustentarão as mais caras decisões, essas que, mais do que de ideias, precisam de suporte.

A vida traz as marcas das escolhas que fazemos. Estas, escolhas e marcas, dão rumo e direção aos que não vivem ao sabor dos ventos. Pois escolhemos, em parte, em razão das marcas, e estas podem alimentar, retroativamente, a razão do que fazemos. Sem prioridade, elementos estranhos e até contrários a ti poderão em ti buscar aporte. Com eles, necessariamente, não terás que lidar, mas, se não tiveres claro o que para ti for valoroso, poderás, por primeiro, ser posto por derradeiro em tudo o que vieres a fazer. Isto fica especialmente grave, quando, em tudo, não estás por inteiro. Dificilmente, bem te sairás, em qualquer ato, até que tenhas clara a razão do que mais em ti existe, aquilo a que tu, verdadeiramente, dás-te.

Importante não é tanto fazer, mas a forma como algo vem a acontecer. Máquinas, melhor que tu, podem “maquinar”. Quanto a ti, o sentido há de estar presente em todo empreendimento teu e ter a marca do que te caracteriza, sem o que não haverá nenhuma razão que garanta a continuidade desta ou daquela tua ação. O quanto de amor houver em cada ato que vieres a realizar tornará possível a superação dos teus próprios limites e de elementos que em ti precisam se aprimorar. Estabelece uma prioridade, procura viver com qualidade de vida, não a que se mede pelo desmedido de tudo o que possas por teu querer realizar, mas aquela auferida pelo quanto de dignidade estiver presente em ti. Isto vem como resultante natural de atos consequentes. Assim há de ser a vida da gente. Em razão disso, com duas coisas, que não são coisas, tu precisas saber lidar: gerir e gerar.

Existem coisas em ti que, neste atual momento, estão sendo geradas a partir de oportunidades dadas e outras que passaram a ser geridas até em razão daquelas que te tenham sido negadas. Tu precisas saber gerir o que te foi dado a administrar. Considera que mesmo o que dizes ser teu existe numa relação que não toca à pertença de um apelo feito pelo Único, o Permanente e Imutável, “Aquele que é”. Somente o que se gere a partir do que na Verdade é gerado tem garantia de continuidade.

Tu precisas saber te gerir para poder gerar, pois o conhecimento de uma geração é passado em forma de um legado, esse que chegou até onde estás e pelo qual és responsável. Gerir e gerar, tu precisas. Sabendo gerir, também poderás gerar, pois, gerando sem saber gerir, acabarás por destruir e, gerindo sem poder gerar, tu trabalharás por uma inutilidade, por uma nulidade, por algo que não terá continuidade. Pois, se agires em razão de algo que tão somente em torno de ti tem acontecido, tão egoicamente centrado, contigo também isto passará, quando aqui não estiveres mais.

Gerindo e/ou gerando, é preciso ficar atento a certos vazios e excessos, a determinados conteúdos e preenchimentos.

Os vazios de certos preenchimentos são responsáveis por frequentes descontentamentos, os quais tu tens oportunidade de experimentar. Os vazios de certos preenchimentos dizem do indevido a que deste espaço. Quanto mais gritante for a falta, aquela que tu mais sentes, acautela-te quanto a preenchimentos.

Experimentando a falta-a-ser, o devenir, tu buscas preenchimento, a fim de encontrar um sentido e não deixar espaço para o que em ti está presente, isto que como estranho ou indevido tu sentes. Todavia, alguns preenchimentos aumentam mais a sensação de esvaziamento e podem te tornar deles dependente. Cuida, pois, antes, que positivos preenchimentos possam ali acontecer no devido momento.

De certas realidades, tu precisas te esvaziar para que outras possam te preencher. De algumas realidades, tu precisas te tornar vazio para que a riqueza de um novo acontecimento te encontre preparado para o que irá acontecer. Se, ao invés de esvaziado, estiveres tu por alheios elementos ocupado, em ti não haverá espaço para o novo, quando este vier te visitar, pois, tendo outros preenchimentos em ti se acumulado, não terás como acolher a novidade do belo que vem para querer ficar.

Esvazia-te de certas coisas que não têm te ajudado a superar-te em teus próprios limites nem a ter vida com qualidade. Que os preenchimentos, em razão da falta, façam-se no intuito de seres com teus melhores intentos condizente, mesmo que por isto um preço grande tenhas que pagar. Afinal, se tudo tem um preço, que o pagues pelo que sentido dará à tua vida.

Preenchimentos indevidos são vazios continuados. Esvaziamentos, por sua vez, são necessários para que novos preenchimentos, em tua vida, possas conhecer.

Pe. Airton Freire

1 de agosto de 2016
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