“Lembra desta verdade: crer é uma necessidade; crer não é um luxo da espiritualidade; crer é tão necessário quanto o ato de respirar, sem o que, derrotado, na batalha, haverás de entrar. Crê que é possível; crê que o impossível Deus pode fazer acontecer. Quanto a ti, faze o que tiver ao teu alcance e acredita: por muito menos do que podes imaginar, até por um relance, a situação poderá mudar, por quanto de verdade e coerência aí puderes colocar. Trabalha, portanto, como se tudo dependesse só de ti e, depois, entrega tudo, como se tudo dependesse só de Deus, e serás alegria para muitos, fortaleza para ti e para os teus. Mas, antes disso, sem demora, considerando agora o tempo em que estás vivendo, eu te faço, novamente, as perguntas: para quais coisas tu te sentes morrendo? Para quais coisas estás vivendo? O que para ti, na verdade, não podes mais protelar? E quais as coisas para as quais tu precisas ainda de um tempo de espera? Que coisas são estas? Onde estão as tuas arestas? Pensa sobre este momento. Isto só leva alguns instantes e ordena os teus pensamentos. Faze isto na presença do Senhor, e aquele que é o teu Deus e é só amor haverá de escutar o pedido, quiçá até o teu clamor. Por amor.” (Pe. Airton Freire)
“O que se pede de ti é constância na fidelidade, para que possas merecer a graça, que, por sua vez, gratuitamente te é dada. Lembra: “Ao que é fiel nas pequenas coisas, mais ainda lhe será dado; ao que é infiel, até o pouco que tem lhe será tirado” (Lc 8,18). O que não podes é, na provação, querer vacilar, porque isso corresponderia a ceder à tentação, por torná-la acesa por resquícios que, em ti, certamente, há. O que se aprova, na provação, é a tua capacidade de acreditar e superar, sabendo que a obra em ti iniciada a bom termo, com certeza, chegará. Nada vem para, eternamente, ficar. Guarda isto: o que atribula a açãoé, exatamente, a não persistência na confiança. Havendo desconfiança, não haverá avanço. Na ansiedade, a tua alma não chegará à saciedade, por bloqueios à obra em ti iniciada. O que atribula a ação é a falta de confiança, falta que gera ânsia e de que é preciso afastar-se. O que limita a ação que à libertação conduz vem de esquivar-te do que abre espaço a novas condições em que só a Verdade reluz. O que limita é fruto da inconstância, que torna malsucedida a execução das melhores intenções por mais bem planejadas que tenham sido.” (Pe. Airton Freire)