1 de outubro de 2016
servos da terra

11“Jesus disse-lhes: Por que afligis essa mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo”. (Mt 26, 10)

Toda ação provoca uma reação na mesma intensidade e em sentido contrário”, assim Newton já havia dito. Todavia, o que prova uma ação? É preciso considerá-la quanto à finalidade, à motivação.

Toda ação precisa ser contextualizada para ser compreendida, pois, nascida num contexto, assim como um texto, ela é pretexto para novas leituras, para as novas tessituras, para os prováveis e novos desdobramentos. Toda ação vem interligada. Toda ação é um ato provocado voluntária ou involuntariamente. Em razão disso, que tuas ações, enquanto possíveis, sejam por ti bem pensadas, por desencadearem um movimento em teu derredor, de sorte que nem tudo o que a partir dali poderá acontecer é previsível, o que traz uma enorme gama de riscos.

O que prova uma ação? Que ela teve um começo (intencional ou não) com possibilidade de ficar no (in)conluso de sua execução. Quanto a onde ela levará, isso nem sempre é previsível. Por que há coisas que nascem e fogem do controle como certas atitudes não pensadas e certos atos não suficientemente avaliados que resultaram em coisas as quais nem sempre é bom relembrar.

O que provoca uma ação? Em que resulta uma ação? Sobre isso, convém pensar; do contrário, poderás tropeçar em teus próprios pés, conhecer determinados reveses, coisas que a princípio nem poderias imaginar. Considera que ações conduzem tanto a união quanto a separação. E o que separa a ação vem de um conjunto de elementos nem sempre pensados e avaliados; igualmente se diga de seu contrário, a omissão, por exemplo. Sejamos claros: existem ações que nunca puderam ser avaliadas. Existem falas que, na melhor das intenções, nunca puderam ser efetivadas.

Há pessoas que se compreendem, há muito, para realizações e, em razão disso, nunca pensaram em fazer paradas. Contudo, o que impossibilita o prosseguimento de uma ação é não se perceber sentido em sua continuidade ou na necessidade de se fazer paradas – algo fundamental – durante um percurso. O que não é alimentado não tem condições de seguir em frente. Enfatizo: fazer sem sentido e desconsiderar as paradas são atitudes que conduzem a quebras, descontinuidades, abrindo um hiato entre a intenção primeira e seus resultados.

Pe. Airton Freire

1 de outubro de 2016
servos da terra

img_2710Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897, 24 anos: 15 na família, 09 no Carmelo e para sempre na eternidade intercedendo por nós).

A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade.
Santa Teresinha nos ensina a simplicidade da infância espiritual, a entrega a Deus de todos os acontecimentos de nossa vida na confiança de que Ele sempre caminha conosco em meio as nossas profundas limitações.
No lugar do medo do “Deus duro e vingador”, ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna.
Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros “Infância espiritual” e “História de uma alma”, editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega.
Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.
Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs.
Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha desde a mais tenra idade.
Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo papa Leão XIII.
Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir… Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida.
Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita.
Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.
Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse.
Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.
Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo papa Pio XI.
Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como “padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier”.
Esta “grande santa dos tempos modernos” foi proclamada doutora da Igreja pelo papa João Paulo II em 1997.
Fonte: www.paulinas.org.br

1 de outubro de 2016
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