Levantamo-nos, hoje, dia 11 de outubro de 2016, quando o sol ainda não havia nascido.
Tínhamos de chegar a Belém antes do sol se por. Sendo, o dia do perdão – יוֹם כִּיפּוּר – no início da noite de hoje até o mesmo horário de amanhã, tudo pára em Israel.
Demos uma passada pelo Deserto de Negev até a fronteira com o Egito e, depois, voltamos. Avistamos o mar vermelho, passamos pelo deserto da Judeia (o mar de Tiberíades surgiu ao nosso lado, junto às plantações de tâmaras). Demos uma volta à esquerda, ficando Jericó à nossa direita e subimos em direção a Jerusalém, onde paramos no alto do Monte Scopus, avistando o que era, antes, a esplanada do Templo e saudamos a cidade com um pequeno cálice de vinho em madeira de Oliveira. Indo, diretamente, para o campo dos pastores, lá celebramos a Santa Missa.
Muitos – mas, muito mesmo! – esperavam-nos logo à entrada desse local. Todos ELES nos acompanharam até o local da santa missa, logo ali abaixo. Assim foi. Encontramos Jerusalém em preparação para um grande dia santo. Aqui em Belém, sob a Autoridade Palestina, dia normal.
Agora, estamos nós nessa hospedaria.
Pela manhã, iremos ao local onde nasceu Jesus.
São essas nossas notícias.
Com zelo e atenção
Deste servo
In Christo,
Padre Airton
“É preciso amar. Amar por que? Amar para não se esquecer e também se lembrar; amar para semear para, depois, colher; amar para preencher os dias de sentido como o sol enche a terra de calor, como o orvalho refrigera a noite, como a chuva fecunda a terra, como os dias se sucedem através dos anos. Que o amor seja a condição, porque é ele quem mais largamente, intensamente, fala ao coração. O amor é mais do que tudo o que dele já se disse ou dele possa vir ainda a se dizer. O amor é ato presente no universo desde o momento da criação. É o amor quem suscita santos mártires e profetas. É do amor que nos vem o perdão. O amor foi a causa primeira de ter realizado no Senhor a ressurreição.”
Pe. Airton Freire